Análise de solo traz benefícios e economia

Recomendação de especialistas é para que o diagnóstico do solo seja realizado pelo menos uma vez por safra

A análise de solo é considerada por engenheiros agrônomos, pesquisadores e especialistas um dos melhores investimentos para a agricultura moderna. O manejo adequado dos nutrientes faltantes traz economia no adubo e incremento na produtividade da soja.

Em Querência, no nordeste de Mato Grosso, o produtor João Alberto Wink, vem fazendo análise de solo há algumas safras e conta como os resultados são surpreendentes. Nos últimos, anos ele percebeu que precisava distribuir melhor a adubação que era feita na lavoura, pra ter uma produtividade maior. “Você ter uma nutrição adequada para a planta, beneficia muito em sanidade e o resultado final com certeza é influenciado por isso”, conta Wink.

A fazenda é da família, mas Wink, que fez agronomia, cuida agora da parte mais técnica dos negócios. Nos últimos anos ele percebeu que precisava distribuir melhor a adubação que era feita na lavoura, pra ter mais produtividade.
Depois de três anos de análises, o produtor conta que já fechou o ciclo nos 1800 hectares da fazenda. A partir de agora é só manutenção. O custo com a adubação representa 35% dos gastos na safra. A produtividade média na fazenda que chegava a 58 sacas por hectare, neste ano pode passar das 60 sacas por hectare, prevê Wink.

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Segundo o agrônomo Rodrigo Fenner, que também é sócio de um laboratório que analisa solo, em Querência, esta é a única ferramenta que o produtor tem hoje para planejar sua lavoura. Com isso, ele sabe qual nutriente tem no solo exatamente e assim compra os adubos necessários, na quantidade certa. “Também é importante fazer a coleta do solo corretamente. Ouvir o técnico agrícola, ou um engenheiro agrônomo antes de coletar, porque o solo é muito diferente em cada região”, garante Fenner.

O laboratório de Fenner atende mais de 500 produtores, onde coleta aproximadamente 17 mil amostras de solo por safra. Logo que chegam ao laboratório, as amostram são cadastradas, peneiradas e separadas em pequenas partes. “São analisados, entre outros itens, o pH, o fósforo, potássio e o cálcio. A análise básica confere pelo menos 9 substâncias”, conta ele.

A recomendação do especialista é que a análise seja feita todos os anos. A cada três hectares, pelo menos uma amostra deve ser coletada. O custo da análise química básica do solo, na região de Querência, fica entre R$ 25 e R$ 30 reais.