Analistas dizem quando os preços da soja podem melhorar

Além disso, ele valiam que tanto a pecuária quanto as exportações podem ajudar o setor da soja a se desfazer dos altos estoques do grão

Bárbara Silviero, de São Paulo
Com a colheita da soja avançando nos Estados Unidos e números positivos de produção, a soja despencou no mercado internacional, refletindo diretamente na remuneração do produtor brasileiro. Analistas explicam a situação e fazem a projeção de quando os valores devem voltar a subir.

Se por um lado o produtor conseguiu registrar uma produtividade incrível com a soja na temporada 2016/2017, o mesmo desempenho não foi obtido nas vendas da oleaginosa. Até o momento 80% da produção brasileira foi comercializada. No ano passado, na mesma época, o índice estava em quase 90%. “O país registrou um pico de preços no meio deste ano, mas agora eles recuaram bastante  e o produtor precisará equilibrar suas vendas para conseguir alguma rentabilidade”, diz o economista da Infinity Asset, Jason Vieira.

O pico nos preços da soja aconteceu em junho, quando a soja atingiu US$ 10,4 por bushel na Bolsa de Chicago. Depois disso, cenário foi de instabilidade nos valores, que nunca mais chegaram perto deste valor. A razão obviamente é a colheita e confirmação de uma supersafra nos Estados Unidos em 2017/2018. “Acredito que os preços serão melhores em meados de novembro e dezembro principalmente”, afirma o analista de mercado da consultoria Tendências, Felipe Novaes.

Uma alternativa para o aumentar as vendas da soja e do milho, pode vir da pecuária. O analista destaca que os produtores de proteína animal podem aumentar as compras neste fim de ano. “Nossas projeções mostram que a atividade pecuária pode consumir mais farelo aumentando a demanda. Além disso, temos que exportar bem mais tentando diminuir nossos estoques internos”, finaliza Novaes.

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