Aprosoja Brasil recomenda que sojicultor aguarde a aprovação da MP do Funrural

Entidade acredita que Medida Provisória 842/2018, que estende prazo para adesão ao Programa de Regularização Tributária Rural, deve sair na próxima semana

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) orienta os produtores rurais a aguardarem a aprovação da Medida Provisória MP 842/2018 do Funrural, que estende o prazo para adesão ao Programa de Regularização Tributária Rural (PRR) até o dia 31 de dezembro.

A MP 842, além de estender o prazo de adesão ao Refis até 31 de dezembro de 2018, garante, entre outros benefícios, o pagamento dos débitos do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural com descontos sobre multas e juros e a parcelar o passivo em até 176 vezes.

“A Aprosoja recomenda ao produtor esperar a aprovação dessa medida provisória, que deve acontecer na próxima semana. Vamos resolver esta situação”, diz o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz.

De acordo com a FPA, a deputada Tereza Cristina (DEM/MS) está em contato direto com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, para negociar alguma medida, um acordo entre o Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda, para que a Receita Federal não execute as dívidas imediatamente e aguarde por mais uma semana a aprovação e sanção da nova prorrogação.

“Estamos conversando com o presidente da CCJ, deputado Daniel Vilela (MDB/GO), e com lideranças da Frente Parlamentar da Agropecuária, entre elas a presidente da FPA, deputada Tereza Cristina (DEM/MS), o deputado Jerônimo Goergen (PP/RS) e o senador Ronaldo Caiado (DEM/GO), para garantir a aprovação desta matéria. Estamos trabalhando para dar tranquilidade ao produtor”, salientou Bartolomeu.

Medida do Funrural não aprovada

“Os produtores não devem se preocupar com isso”, afirmou Bartolomeu ao se referir a não aprovação pelo plenário do Senado de outra Medida Provisória, a MP 834/2018, dessa quarta-feira (10).

Essa MP, que dava descontos de multas e juros aos produtores e previa prazo de adesão ao refinanciamento até 30 de outubro, perdeu a validade ontem depois que o presidente do Senado, senador Eunício de Oliveira (MDB/CE), devolveu o texto para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados devido a um erro na redação da medida. Com isso, a Receita Federal não tem mais respaldo em lei para aceitar novos pedidos de parcelamento dos débitos.

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