Aprosoja prevê que quebra na soja pode até superar os 15 milhões de toneladas

Deral também revisou suas perspectiva para a safra 2018/2019 e agora prejuízo também será de milhões de toneladas. Confira o mapa de quebras em todo o país!

Daniel Popov, de São Paulo
Muitos produtores de soja estão reclamando que os dados atuais de quebra da safra divulgados não só pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mas também por outras entidades e consultorias estão errados. Com isso, as unidades estaduais da Aprosoja, juntamente com a liderança nacional da associação se reuniram para tentar entender a situação e definir o tamanho correto do problema, já que é a principal representante do setor.

A Conab, que chegou a estimar uma supersafra de 122 milhões de toneladas, revisou sua estimativa e agora prevê quebra, mas de apenas 3 ou 4 milhões de toneladas na safra nacional, o que renderia ainda uma colheita de 118,8 milhões de toneladas.

Em uma reunião na última quarta-feira, dia 23, as Aprosojas estaduais se reuniram junto a Aprosoja Brasil para debater entre outros temas o tamanho do prejuízo no país. E o resultado foi um quebra de pelo menos 15 milhões de toneladas. “Esse é o montante até o momento, mas a quebra ainda pode ser maior”, afirma o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz.
Veja abaixo o mapa de perdas da entidade!

 

Deral prevê quebra no Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral) reviu suas projeções para a safra de soja no estado e agora acredita em uma redução de aproximadamente 14% no total a ser colhido no Paraná. A estimativa inicial era de uma produção em torno de 19,5 milhões de toneladas. “O clima seco e quente nos meses de novembro e dezembro reduziu a estimativa de produção para cerca de 16,8 milhões de toneladas”, afirma a entidade.

Foram colhidos 828,8 mil hectares, ou 15% da área estimada para esta safra. A colheita já iniciou nos Núcleos Regionais de Campo Mourão, Cascavel, Cornélio Procópio, Francisco Beltrão, Irati, Jacarezinho, Laranjeiras do Sul, Londrina, Maringá, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa, Toledo e Umuarama.

As condições das lavouras que ainda estão a campo apontam que 7% das lavouras estão em condições ruins, 23% em condições médias e aproximadamente 70% em condições boas. Em relação às fases, as lavouras se encontram com 4% em desenvolvimento vegetativo, 21% em floração, 45% em frutificação e cerca de 29% em maturação.

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