Aprosoja: veja as 8 propostas de reivindicações entregues para o vice de Jair Bolsonaro

Segundo a entidade, a ideia é nortear as políticas públicas do próximo governo, com assuntos que precisam ser solucionados no curto, médio e longo prazo

O setor rural já começa a se posicionar e levantar as principais demandas para o próximo governo. A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) redigiu um documento com 8 questões prioritárias para a soja, entre elas: segurança pública, questões ambientais, logística e tributos.

O documento foi entregue ao general Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, pelo presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz Pereira, e pelo presidente da Aprosoja MT, Antônio Galvan.

“Sabemos que o agro tem a competência e o dinamismo para avançar com a inserção de tecnologia. Esperamos que a nova gestão desburocratize e permita o desenvolvimento deste setor que é muito importante para o Brasil”, afirmou Braz.

Veja abaixo as propostas:

1. Segurança no Campo

  • Integração entre as polícias de fronteiras, polícias militares, civil e de fronteira.
  • Fomentar arranjos locais entre o estado e o setor e privado.
  • Garantir a posse de armas nas propriedades em defesa da integridade física e patrimônio.

2. Questão Ambiental

  • Liberar do licenciamento de atividade as propriedades rurais.
  • As demais licenças devem ser concedidas de forma digital automática e online, bastando declaração do proprietário rural.
  • Promover a sustentabilidade da agropecuária brasileira e não aceitar moratórias e exigências para a nossa produção que exceda a legislação ambiental nacional, impostas de forma recorrente por ONG’s.

3. Questão Fundiária

  • Em cumprimento a Constituição Federal, só permitir a demarcação de terras indígenas com presença de índios após a data de promulgação da constituição de 1988.
  • Não permitir ampliação de terras indígenas.
  • Considerar ato criminoso a invasão de propriedade rural com intuito de promover a expropriação.

4. Logística e Infraestrutura

  • Finalizar rodovias importantes para o escoamento da safra de grãos.
  • Desenvolver os modais ferroviários e hidroviários, ainda incipientes.
  • Promover os projetos visando a integração dos modais.
  • Fomentar a construção e ampliação de portos para o arco norte do país.

5. Política Agrícola

  • Garantir e fomentar oferta de crédito a juros compatíveis com a atividade rural.
  • Garantir recursos para subvencionar e fomentar um seguro rural acessível e universal.

6. Tributária

  • Promover a reforma tributária e previdenciária com urgência.
  • Garantir a manutenção da Lei Kandir, sem a qual não há um agro forte.
  • Trabalhar para implementação do FEX para compensar os estados exportadores.

7. Política Externa

  • Revisar as diretrizes de estado para política externa com objetivo de promover os principais produtos de exportação brasileiros. Hoje isso não existe.
  • Pautar com base em acordos bilaterais e multilaterais de interesse para o Brasil.
  • Trabalhar uma política externa de negociação bilateral com a China.
  • Reorientação das atividades do corpo diplomático com base nessas novas diretrizes
  • Fortalecer a figura dos adidos agrícolas e a estrutura de apoio junto as embaixadas, que hoje contam com mais profissionais e atividades para cultura e turismo do que para setores chaves para economia brasileira, como o agronegócio.

8. Repactuação de Dívidas Rurais

  • Construção de mecanismos e linhas que permitam aos produtores repactuar dívidas não bancária junto a importantes agentes de financiamento rural (trades e revendas).
  • Apoiar dentro do congresso as iniciativas parlamentares com este objetivo.

Após a entrega do documento, o General Hamilton Mourão salientou que sua chapa tem total reconhecimento da importância do setor para o país. “Nós temos um compromisso muito claro com o agronegócio. Sabemos que o setor responde por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e a visão que eu tenho há mais de 40 anos é que um dos destinos-manifesto do nosso país é colocar comida boa e barata na mesa de cada família do planeta. Nós podemos ser o celeiro do mundo”, afirmou.

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