Mato Grosso é a terra onde os gaúchos têm vez

Manaíra Lacerda, repórter da Expedição Soja Brasil

Em 1993, seu Pedro Pichinhaki e a dona Salete, esposa dele, saíram de Seberi, no Rio grande do Sul, para tentar a vida em Sorriso, em Mato Grosso. Na época, eles tinham uma filha de um ano e oito meses. A decisão pela mudança de vida veio pela dificuldade que o casal tinha em ganhar dinheiro com a produção rural no estado. Eles contam que nada do que era plantado dava frutos.

Hoje, 22 anos depois, a vida mudou – e para melhor. Eles têm uma chácara onde produzem milho pipoca, queijo, mandioca, pé de moleque e amendoim, produtos que vendem na feira central de Sorriso, em uma barraca que ocupam desde 1997. Problemas com o cultivo de alimentos? Nunca mais.

Aquela menininha que era apenas um bebê quando veio com os pais para o Centro-Oeste, hoje já tem 24 anos, é engenheira agrônoma e trabalha na chácara da família. A moça, inclusive, acabou de ter uma filha, a segunda neta do casal. Foi em Mato Grosso que seu Pedro e dona Salete tiveram mais dois filhos, hoje com 19 e oito anos de idade, ambos estudam e devem seguir os passos dos pais.

Dona Salete não cansa de dizer: “Essa é uma terra de muitas oportunidades”. E parece que ela não é a única sulista que pensa assim, afinal, gaúchos de sucesso são figuras comuns em Mato Grosso.