Roberta Silveira, repórter da Expedição Soja Brasil
A cada dia temos a missão de contar uma história. Uma? Tamanha injustiça. As histórias são tantas que a arte de cortar partes e desmembrar este emaranhado é algo cruel, mas desafiador. É preciso ser objetivo, selecionar as informações mais importantes para a reportagem.
É uma pena. Às vezes, são horas de conversa, de viagem, de sol ou chuva, para que você veja na TV alguns poucos minutos. Sem dúvida, é injusto. Mas esta injustiça não é contra mim, nem contra os entrevistados, nem contra o público, é contra as histórias mesmo – acho que elas não merecem ser ignoradas deste jeito, mas enfim… É o jogo.
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Histórias de vida. Histórias de hábitos diários. Histórias de gente. Já que este espaço existe, vou citar duas pessoas cheias de histórias. Um é Francisco Ferrigolo, outro é José Gonçalves da Silva. Dois agricultores brasileiros que deixaram a terra natal em busca de outras terras.
Um saiu do Rio Grande do Sul, o outro do Paraná. Ambos estão em Minas Gerais, plantam soja e gostam do que fazem. Um mais sorridente, outro mais introspectivo. Conversando com o dois, percebi que a vida deles não foi muito fácil. Que eles tiveram que ser teimosos, que acreditaram, que ousaram. Um veio com a família, outro foi o responsável por trazer a família. Pessoas que tem tanto a ensinar, mas o nosso tempo é curto…
Esta é uma pequena homenagem àqueles que acreditam nos objetivos e realizam o improvável. E que nos bastidores revelam histórias de superação pessoal que acabam ficando pelo caminho.
