Campo Mourão (PR): Caravana Soja Brasil debate manejo contra estiagens

Pesquisador da Embrapa dá três dicas para que o produtor não sinta tanto os efeitos de mudanças drásticas do clima. Veja também as fotos do evento!

André Anelli, de Campo Mourão (MT)
A Caravana Soja Brasil – Cooperativas pelo Paraná passou nesta quarta, dia 13, pelo município de Campo Mourão. Na ocasião, um dos assuntos mais comentados foi a respeito das fortes estiagens que castigam a região. Para ajudar nesta dificuldade, a Embrapa realizou uma palestra mostrando alguns cuidados que podem minimizar os prejuízos com a falta de água e, até mesmo com o excesso de chuvas.

A região oeste do Paraná está enfrentando uma estiagem que já dura mais de 20 dias, confirmou o presidente da cooperativa Coamo, parceira da Caravana Soja Brasil. “Estamos sentindo muito com esta falta de chuvas. Claro que, se as precipitações vierem nos próximos dias, a safra pode se salvar. Mas, temos que aguardar, pois não dá para prever como isso pode afetar a produção”, comentou o presidente da cooperativa, José Aroldo Galassini.

Para ajudar os produtores, a Embrapa realizou uma palestra, durante o evento, sobre o manejo adequado das lavouras. Para o pesquisador da Embrapa, Alvadi Balbinot, esta temporada teve um clima bastante preocupante mesmo.  Antes do estabelecimento das lavouras, houve falta de chuvas em setembro e outubro, na sequência vieram chuvas torrenciais que atrapalharam as plantas. E agora as estiagens voltaram e, isso está preocupando os agricultores”, conta ele.

Para ajudar a evitar problemas maiores, o pesquisador ressaltou três cuidados que devem minimizar os problemas causados pelo clima. “A primeira é a escolha de cultivares certas e qualidade de sementes (poder germinativo, vigor e sanidade). O segundo fator é um bom processo na semeadura (janela adequada e uniformidade das plantas). E o terceiro fator é a qualidade do solo (nutrientes, cobertura). Com estes três, o produtor não terá dor de cabeça”, garante Balbinot.

Armazenagem

Os problemas do campo, nesta safra, não se resumem as condições climáticas apenas. Outro fator está tirando o sono da Coamo, a armazenagem de grãos. Segundo o presidente Galassini, o excesso de oferta da temporada passada ainda ocupa boa parte dos 6 milhões de toneladas de capacidade estática da cooperativa. “Esperamos receber pelo menos 7 milhões de toneladas de grãos este ano, somando com o que já está lá, nos preocupa.

Houve lentidão nas vendas dos cooperados, mas nos últimos dias a coisa melhorou um pouco e até a colheita esta situação deverá ter sido sanada”, diz ele.

A pior situação ainda é em Mato Grosso do Sul, onde parte dos grãos ainda está armazenada em silobags. “A quantidade recebida de produtos foi muito grande, mas até a colheita a situação será controlada. Para não falta espaço, temos resolvido o problema com silobags e armazéns que alugamos”, conta Galassini.

A Coamo, com 47 anos de mercado, é considerada a maior cooperativa agroindustrial do país e conta com mais de 28 mil produtores espalhados pelo Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Confira abaixo galeria de imagens do evento:

 

Próxima etapa – Campo Mourão

Veja a programação completa para as palestras que acontecerão na cooperativa Agrária, em Guarapuava (PR)

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