Embrapa e Mapa listam 19 obras logísticas para elevar competitividade do agro

As entidades definiram quais obras são necessárias em curto, médio e longo prazo, para que o setor passe a ter melhores condições de transporte

A realização de 19 obras consideradas prioritárias em logística de transportes deve aumentar a competitividade dos produtos agropecuários brasileiros. A afirmação foi feita pelo chefe da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, durante a apresentação do estudo intitulado “Sistema De Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária Brasileira”, realizada em Brasília na última quarta-feira (dia 7).

A iniciativa é uma parceria entre a Embrapa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a iniciativa privada e abrange um banco de imagens e dados composto por mais de 100 mil mapas e dados sobre a produção rural, a capacidade e a necessidade de escoamento.

O estudo elencou 19 obras prioritárias, ou seja, que deveriam ser realizadas em um prazo máximo de 5 anos. Outras 10 obras no médio prazo de 10 anos, e por fim a longo prazo, 11 no total. Clique e leia na íntegra

Entre as dez obras prioritárias, Evaristo elencou a finalização de cinco rodovias: BRs 163, 080 e 364, a Rodovia do Frango, que liga Chapecó (SC) até Lapa (PR), e a BR 487, também conhecida como Estrada Boiadeira (PR). O estudo apontou a necessidade de finalização das ferrovias Ferrogrão, Ferroanel de São Paulo e mudanças no traçado da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) para acompanhar as necessidades de escoamento da produção.

O chefe da Embrapa Territorial indicou também como importantes a viabilização da hidrovia do Rio Madeira e a ampliação da profundidade do Canal do Quiriri, que faz a ligação com o porto de Vila do Conde, no Pará, ambas sendo parte do sistema de logística dos portos do Arco Norte. “Este é um legado que o Mapa e a Embrapa deixam para o setor agropecuário. Este estudo não está acabado. Ele está disponível a investidores, trades e pode apoiar a implantação de políticas públicas”, afirmou Evaristo.

Segundo o ministério da Agricultura este não é um plano de macrologística do governo. Trata-se de um estudo de um sistema de inteligência, que não compete com outros produtos do governo. Participaram também o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, autoridades do poder executivo e legislativo, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Antônio Galvan, e representantes do setor produtivo rural.

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