EUA ameaçam elevar tarifas e soja despenca na Bolsa de Chicago

O governo chinês já deixou claro que não vai tolerar pressões ou chantagens por parte dos americanos

Agência Safras

Os contratos da soja em grão registram preços mais baixos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quarta, dia 1º. Após a forte alta de ontem, quando sinais de reaproximação comercial entre China e Estados Unidos impulsionaram os contratos, o mercado está corrigindo as posições.

A notícia é de que os EUA estariam pensando em elevar de 10% para 25% as tarifas sobre produtos chineses em um total de US$ 200 bilhões. A medida teria como objetivo forçar os chineses a retomar as conversas. Mas essa possibilidade não foi bem recebida pelo governo chinês, que deixou claro que não vai aceitar pressões ou chantagem.

Os contratos com vencimento em agosto de 2018 operam cotados a US$ 8,92 por bushel, perda de 11,50 centavos de dólar por bushel, ou 1,27%.

Na terça, a posição novembro subiu pela sexta sessão consecutiva. A especulação de que China e EUA estariam retomando as conversas para tentar amenizar o impacto da guerra comercial sobre as duas principais economias do mundo sustentou o mercado.

Em um mês de fortes oscilações, a posição novembro encerrou o período com valorização de 4,35%. No auge da guerra comercial entre os dois países, as cotações chegaram a bater no menor nível em 10 anos na metade do mês. O bom desenvolvimento das lavouras americanas contribuiu para pressão.

Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com alta de 28,75 centavos de dólar (3,28%), a US$ 9,03 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 9,19 por bushel, ganho de 28,00 centavos (3,14%) centavos de dólar em relação ao fechamento anterior.

Veja mais notícias sobre soja