Mercado nervoso: veja o que pode mexer com o preço da soja na próxima semana

Negociações entre Estados Unidos e China deram novas esperanças ao mercado da oleaginosa. Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção ao longo da semana.

  • Depois de uma semana bastante tumultuada, por conta das divulgações de piora das lavouras americanas e também do possível retorno das negociações entre China e Estados Unidos, veja o que pode mexer com as cotações da soja nos próximos dias. As dicas são do analista da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez.
  • O mercado de soja segue com as atenções voltadas para a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Além disso, o desenvolvimento final da safra norte-americana também chama a atenção, assim como a recente crise turca que afeta os mercados mundiais;
  • A nova rodada de negociações entre EUA e China, marcada para a próxima semana, renovou a esperança do mercado, dando fôlego para Chicago. A expectativa em torno do novo encontro fez os contratos futuros voltarem a trabalhar próximos da linha de US$ 9,00 por bushel na posição spot, mas não houve rompimento;

    Abertura Nacional do Plantio da Soja – Safra 2018/2019

  • O fator guerra comercial continua sendo o principal foco do mercado, que definirá seus rumos a partir da resolução (ou não) dessa questão. Havendo um avanço positivo na relação, Chicago pode testar a linha de US$ 9,00 no curto-prazo. Não havendo avanço, não deveremos ver o mercado acima desta importante linha. De qualquer maneira, o mercado volta a encontrar certo suporte acima da linha de US$ 8,65 por bushel. A próxima semana poderá ser decisiva;
  • O aumento acima do esperado da expectativa de produção da nova safra norte-americana por parte do USDA surpreendeu, trazendo um forte ajuste negativo nos contratos no dia 10;
  • De qualquer maneira, o mercado parece já entender que os EUA irão colher novamente uma grande safra, o que impediu a perda do suporte de US$ 8,50. Neste momento, uma safra de 120 milhões de toneladas ou de 124 milhões de toneladas parece não fazer tanta diferença enquanto a questão comercial estiver aberta. De qualquer maneira, o início da colheita, em meados de setembro, tende a trazer pressão sazonal;
  • No lado financeiro, a questão envolvendo a Turquia mostra-se importante devido à valorização do dólar no mercado mundial, o que traz pressão negativa para as commodities.
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