Paranaguá ampliará em 57% capacidade diária de carregamento de grãos

O porto paranaense terá espaço para receber 220 mil toneladas por dia e um total estático de 1,8 milhão de toneladas

Daniel Popov, de São Paulo
Apesar de ser público, o porto de Paranaguá, no Paraná, está abrindo espaço para arrendamentos privados, para a construção de novos armazéns graneleiros. Os novos projetos aumentarão em 57% a capacidade de carregamento diário de grãos no terminal paranaense. A capacidade estática do Corredor de Exportação (Corex) também será ampliada dos atuais 1,5 milhão de toneladas, para pouco mais de 1,8 milhão.

“Com a implantação de dois novos armazéns e a inclusão de dois novos berços de atracação no Corredor de Exportação, a capacidade estática aumentará 20% ante a capacidade atual”, explica Luiz Henrique Dividino, diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). “Já a capacidade de carregamento diária terá um aumento de 57%, chegando a 220 mil toneladas, contra as atuais 140 mil, usando utilizando seis shiploaders”, completa.

Além da capacidade de carregamento os novos arrendamentos trarão outros benefícios como o aumento da concorrência, melhoria na prestação dos serviços portuários e redução de custos para os usuários do porto. “Com a implantação destes novos projetos, a Appa pretende atender os navios na forma de janela de atracação, ou seja, com data marcada, zerando o tempo de espera para atracação, garantindo o pronto atendimento aos exportadores do Paraná e do Brasil”, explica Dividino.

Ele explica, que a concessão das áreas acontecerá mediante processo público, onde todas as empresas interessadas em ter um terminal portuário poderão participar do processo. O prazo previsto para seleção dos futuros arrendatários é 2018 e o processo será conduzido pela Secretaria Nacional de Portos, que está fazendo ajustes finais nos  “Não se trata da privatização do porto público, mas sim do arrendamento de algumas áreas disponíveis, para construção de novos armazéns graneleiros, que irão se interligar as áreas primárias públicas do Porto”, esclarece Dividino.

 

Áreas que serão licitadas

O PAR 07 se refere ao arrendamento do terminal portuário para movimentação de granéis sólidos vegetais, pelo período de 35 anos. Localizado dentro do complexo do Corredor de Exportação, a área com 45.358 m2, possui espaço para armazéns, silão, área para descarregamento e a área projetada das correias transportadoras. A capacidade de movimentação futura do terminal será de 6,3 milhões de toneladas por ano. Os investimentos necessários para o desenvolvimento do terminal e construção de um berço de atracação no píer em forma de T estão estimados em aproximadamente R$ 328 milhões.

O PAR 08, localizado em frete ao berço 213, se refere ao arrendamento do terminal portuário para movimentação de granéis sólidos vegetais, pelo período de 35 anos. A área de 41.129 m2, possui espaço para armazéns, área para descarregamento e a área projetada das correias transportadoras. A capacidade de movimentação futura do terminal será de 2,5 milhões de toneladas de grãos por ano. Os investimentos previstos para o desenvolvimento do terminal são de R$ 399 milhões e incluem a construção do píer em formato de “T”.

O terceiro e último arrendamento aprovado pelo Governo Federal é o do terminal portuário PAR XX, que também movimentará granéis sólidos vegetais, pelo período de 35 anos. A área de 22.853 m2 está localizada onde se encontra atualmente o almoxarifado da Appa, além do terreno ao lado. O terminal terá capacidade de movimentação de 3 milhões de toneladas por ano, exigindo investimentos de aproximadamente R$ 193 milhões.

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