Preço da soja segue estável no país apesar das quedas de Chicago e dólar

Cotação que fechou em queda na terça, abre este dia 30 em alta, mas o dólar segue estável. No Brasil, os preços em praças mais distantes dos portos caem

Daniel Popov, de São Paulo
O mercado brasileiro de soja permaneceu estável mesmo com a queda das cotações na Bolsa de Chicago e também do dólar. Segundo a consultoria Safras & Mercado, os preços oscilaram pouco e na maioria das praças ficaram estáveis.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 76,50. Na região das Missões, a cotação permaneceu em R$ 74,50 a saca. No porto de Rio Grande, os preços estabilizaram em R$ 78.

Em Cascavel, no Paraná, o preço ficou em R$ 72 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca baixou de R$ 78 para R$ 76,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 66. Em Dourados (MS), a cotação recuou de R$ 68 para R$ 67,50. Em Rio Verde (GO), a saca baixou de R$ 70,50 para 66,50.

Preço dos produtores

Para ajudar os produtores de soja de regiões mais distantes dos principais polos de negociação, o Projeto Soja Brasil está criando uma rede de preços, enviados por agricultores parceiros. A ideia é mostrar a situação em locais não acompanhados por consultorias.

Em Mangueirinha (PR), a saca caiu de R$ 69,50 para R$ 69. Em Coronel Bicaco (RS) a saca caiu de R$ 66,50 para R$ 66. Em São Miguel do Iguaçu (PR), a saca caiu de R$ 68,50 para R$ 68. Em Ronda Alta (RS) a saca caiu de R$ 68,50 para R$ 68.

Chicago e dólar na terça-feira

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais baixos, pela segunda sessão consecutiva.

Segundo a Safras & Mercado, o pessimismo em torno das negociações comerciais entre Estados Unidos e China fez com que fundos e especuladores permanecessem na ponta vendedora, embolsando parte dos recentes ganhos. Há ainda um pouco de pressão oriunda do retorno das chuvas em algumas regiões produtoras do Brasil, aliviando o estresse hídrico.

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 0,46%, a US$ 9,19 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 9,32 por bushel, perda de 0,45% em relação ao fechamento anterior.

Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 0,40 ou 0,12%, sendo negociada a US$ 311,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 30,11 centavos de dólar, com baixa de 0,19 centavo ou 0,62%.

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 1,16%, negociado a R$ 3,7220 para venda e a R$ 3,7200 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,7200 e a máxima de R$ 3,7660.

Chicago e dólar na quarta-feira

Os contratos da soja em grão registram preços mais altos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado busca uma recuperação, após ter atingido ontem o pior patamar em duas semanas. De qualquer forma, a ampla oferta norte americana, aliada a fraca demanda, limita o interesse de compra.

Os contratos com vencimento em março de 2019 operam cotados a US$ 9,20 por bushel, com ganho de 1,25 centavo de dólar por bushel ou 0,13%.

O dólar comercial abriu o dia estável, negociado a R$ 3,7210 para venda e a R$ 3,7190 para compra. A moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,7140 e a máxima de R$ 3,7220.

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