Previsão de safra de soja maior está derrubando preços, afirma especialista

Desde a semana passada até esta quarta-feira os valores da oleaginosa recuaram 3%, no porto de Paranaguá

Os preços pagos pela soja no porto de Paranaguá (PR) não tem sido muito animadores esta semana, e chegaram a R$ 68,5 a saca. Este valor representa uma queda de 3% ante os R$ 71 registrados na semana passada. Segundo o operador da bolsa de mercadorias da empresa Lansing Trade Group, Marcos Araújo, a principal razão é a possibilidade de um bom crescimento da produção da oleaginosa na América Latina e Estados Unidos.

Araújo explica que uma série de conjunturas está levando a estas quedas seguidas no porto de Paranaguá. Uma delas é a queda das cotações na Bolsa de Chicago, que no mês de março acumularam queda de 3,7% nos preços. “Para piorar os prêmios para exportação também estão em queda, assim como o dólar. Então isso tudo tem levado o preço da soja a ser negociado com R$ 2 abaixo da semana anterior”, explica ele.

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Segundo ele o que justifica todos estes resultados ruins é justamente a previsão de uma grande safra da América do Sul e, futuramente, nos Estados Unidos, algo que os produtores rurais já vinham reclamando há tempos. “A previsão é de a Argentina vai aumentar a produção, assim como o Paraguai. Juntando com as 108 mil toneladas previstas para o Brasil, a safra sul-americana pode chegar a 183 milhões de toneladas. Colocando pressão sobre o mercado e os preços”, afirma Araújo.

O especialista conta que para os embarques de abril até junho, a soja com origem do Brasil  estão sendo negociadas na China a um preço US$ 6 mais barato que a soja americana. Situação pior vive nossos vizinhos, já que a soja argentina tem sido negociada a um valor R$ 11 mais barato que nos Estados Unidos.

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