Produtores de Mato Grosso fazem pressão para início de construção de ferrovia

Grupo tem participado de audiências públicas pedindo antecipação da construção do primeiro trecho da Ferrovia de Integração do Centro Oeste (Fico)

Não há dúvidas que a participação cada vez maior dos produtores rurais em reclamações e solicitações de melhorias em algumas áreas do setor, têm dado resultado. Na logística essa movimentação já é bem conhecida e agora os agricultores de Mato Grosso estão participando de várias audiências públicas para viabilizar o quanto antes a Ferrovia de Integração do Centro Oeste (Fico), que liga Campinorte (GO) a Água Boa (MT) e ajudarão muito a logística da região.

Para pressionar a inclusão do trecho de 383 quilômetros em duas propostas de prorrogações antecipadas de concessões uma comitiva de produtores rurais participou na última segunda e terça-feira (dias 17 e 18) de duas audiências públicas realizadas em Brasília (DF).

Os valores de outorga (valor que a empresa paga ao governo pela concessão)
pedidos poderão viabilizar a construção do primeiro trecho da FICO pela empresa Vale, responsável também pela Estrada de Ferro do Carajás e Estrada de Ferro Minas Vitória. “A empresa Vale pediu uma prorrogação antecipada de contrato para estas ferrovias, o que deve gerar outorgas no valor de cerca de R$ 4 bilhões”, diz o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira.

De acordo com Ferreira, a participação em reuniões e audiências públicas é fundamental para buscar a aprovação de um estudo na Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). “A empresa Vale pediu uma prorrogação antecipada de contrato para estas ferrovias, o que deve gerar outorgas no valor de cerca de R$ 4 bilhões – outorga é o valor que a empresa paga ao governo pela concessão.

Estas prorrogações ainda terão que ser aprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Depois das audiências públicas e contribuições por escrito, os técnicos analisam e corrigem o projeto. Esse material é encaminhado junto com o aditivo do contrato para avaliação do TCU.

Para o coordenador da comissão de Política Agrícola e Logística da Aprosoja, Diogo Rutilli, a participação nas audiências públicas é importante para se atingir o objetivo. “Foi um sucesso, tanto na participação dos produtores rurais como em representação de classe. É desta forma que devemos agir para conseguirmos melhorias para o setor”, afirma.

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