Saiba o que pode influenciar o mercado da soja nesta semana

A consultoria Safras & Mercado aponta os principais fatores que merecem atenção dos produtores da oleaginosa nos próximos dias

Diante da tarifa de 25% impostas pelos chineses sobre a soja norte-americana, o governo Trump busca alternativas para as exportações da oleaginosa. Na sema passada o presidente dos Estados Unidos anunciou que a União Europeia se comprometeu a aumentar o volume de compras de soja norte-americana em troca de uma melhor relação comercial, que prevê a retirada de algumas tributações e barreiras.

“Depois da China, os países da UE são os que mais importam soja norte-americana anualmente, o que reforça a importância da relação comercial entre os EUA e o bloco”, destaca o analista da Safras & Mercado, Luiz Fernando Roque.

O mercado encarou o acordo com bons olhos, o que faz Chicago ganhar certo suporte fundamental no curto-prazo. O especialista não descarta que novos acordos sejam firmados nas próximas semanas com outros países ou blocos econômicos, o que poderá mexer ainda mais com o mercado.

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Além do acordo com os europeus, o anúncio de um auxílio financeiro de US$ 12 bilhões oferecido aos sojicultores dos Estados Unidos também chamou a atenção. Embora em parte criticado, o dinheiro pode dar fôlego aos produtores norte-americanos, diminuindo a pressão sobre o governo e dando mais tempo para a negociação com os chineses.

Enquanto analisam as questões comerciais, o mercado também olha para o desenvolvimento da safra norte-americana. As lavouras do país voltaram a ter uma melhora nas condições após três semanas de piora. O mês de agosto será decisivo para a definição da produção, e o fator climático pode trazer volatilidade para a CBOT. A tendência atual é de uma colheita com poucas perdas.

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