Soja abre o dia com forte queda e atinge mínima de US$ 8,41 por bushel

Embate comercial entre China e Estados Unidos é a razão para este impacto na cotação. Na semana passada o grão havia acumulado uma queda superior a 6,5%, tendência que foi reforçada neste início de dia

Daniel Popov, de São Paulo
O cenário visto nesta terça-feira na Bolsa de Chicago, com a soja ficando bem abaixo dos US$ 9 por bushel, já vinha se desenhando desde o final da semana passada, quando o grão acumulou uma queda de 6,5% nas cotações. Às 11h10 deste dia 19, o contrato com vencimento em julho 2018 atingiu a mínima de US$ 8,41 por bushel, queda de US$ 0,67, pior nível desde 2008. Segundo a consultoria Safras & Mercado a principal razão ainda é o iminente embate entre China e Estados Unidos na relação comercial.

A consultoria afirma que forte queda dos contratos futuros da soja em Chicago trava os negócios no mercado brasileiro. A soja cai mais de 2% no mercado internacional, após o governo Trump ampliar às restrições comerciais à China. A guerra comercial entre os dois países se intensifica e o país asiático já deixou claro que irá retaliar. Para completar o quadro negativo, não há solução para a questão envolvendo o tabelamento dos fretes. 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor novas tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões de mercadorias importadas da China, se o país “se recusar a mudar suas práticas e também se insistir em avançar com as novas tarifas que anunciou recentemente”.

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Além disso, “se a China aumentar suas tarifas mais uma vez, responderemos a isso buscando tarifas adicionais sobre outros US$ 200 bilhões em bens. A relação comercial entre os Estados Unidos e a China precisa ser muito mais equitativa”, disse Trump, em comunicado.

Os reflexos no mercado interno ainda não são conhecidos e devem aparecer nos próximos dias. Por enquanto, as cotações de segunda apresentam leve alta.

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