Soja: tabelamento é responsável por 40% do aumento no custo do frete

No trecho de Sorriso (MT) a Paranaguá (PR), por exemplo, o transporte encareceu R$ 150 por tonelada, dos quais R$ 60 são por causa da nova tabela

Daniel Popov e Martin Martins, de São Paulo
O preço do frete ainda segue bastante elevado no país. Alguns municípios chegam a registrar valores 55% mais caros este ano, na comparação com 2017. Segundo a consultoria Safras & Mercado, a grande culpada por isso é a tabela do frete, que hoje é responsável por pelo menos 40% dessa elevação.

“O restante é em virtude do período onde há maior demanda de fretes e também por questões de falta de caminhão em determinadas regiões, fenômeno esse que costuma ser sazonal”, diz Evandro Oliveira, analista de mercado.
Um trecho muito importante para o comércio de soja no país, que conecta Sorriso ao porto de Paranaguá, foi um dos locais que mais sofreu com o impacto do tabelamento de preços, imposto após a greve de caminhoneiros; aumento foi de 53,57%, ou R$145.

O transporte da soja produzida em Sorriso também foi prejudicado com a alta do frete na interligação até o porto de Santos, principal porto do país, com um aumento de 49,15% no custo da viagem. O valor cobrado em 2018 está em R$ 440,00 contra os R$ 295,00 registrados em 2017. A tabela foi responsável por encarecimento de R$ 58.

Também houve elevação de preços na região Sul do país. De Passo Fundo até o porto de Rio Grande a inflação no custo para fazer a entrega do produto chegou a 40%, mesmo os dois locais sendo localizados dentro do estado do Rio Grande do Sul.

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