A terra dos cristais é também a do agronegócio

Cristalina, em Goiás, é um dos principais municípios produtores do Estado, com participação de 80% do PIB municipal, movimenta algo em torno de R$1,5 bilhão

Rikardy Tooge | Cristalina (GO)

A cidade Cristalina, em Goiás, é conhecida como a cidade dos cristais. Não à toa, é comum ver casas de lapidação e referências à exploração de minerais na cidade. O município teve no turismo e no minério as principais fontes de arrecadação.

Um símbolo que mistura esses dois setores é a Pedra Chapéu do Sol, um dos principais pontos turísticos da cidade, que tem mais 100 toneladas e é sustentada apenas por uma base de pouco mais de um metro, isso há quase três milhões de anos. Em volta dela, existe um caminho de cristais.

A pedra Chapéu do Sol, um dos pontos turísticos da cidade (Rikardy Tooge/Canal Rural)
A Pedra Chapéu do Sol, um dos pontos turísticos da cidade (Rikardy Tooge/Canal Rural)

Entretanto, hoje em dia a riqueza da cidade é simbolizada na agropecuária. Há, pelo menos, 15 culturas diferentes no município. Soja, milho, café, batata inglesa, pecuária, trigo, entre outros. Para o diretor do Sindicato Rural de Cristalina Renato Caetano a região representa a agricultura brasileira, já que alia diversos tipos de produção com a tecnologia.

Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) a estimativa é que 52 mil hectares das propriedades de Cristalina são irrigadas. O investimento tem explicação, mais da metade do PIB da cidade vêm do agronegócio.

– Cristalina representa o que é o Brasil, nosso PIB agrícola é 80% do PIB municipal, temos uma condição climática muito favorável, não só de agricultura tradicional como a irrigada também, onde nós temos na irrigação como investimento importante – comenta Caetano.

• Veja a programação do primeiro Fórum Soja Brasil 2014/2015

A cidade recebeu a primeira viagem do Soja Brasil, a Carreta do Canal Rural vai levar capacitação e palestra aos produtores. Para o agricultor Ademar Bedin, que produz milho, trigo e soja, os debates podem ajudar o produtor rural a lidar melhor com a lavoura.

– É um investimento de tempo que vale a pena para conseguirmos a explicação dos nossos problemas do dia-a-dia no campo – resume Bedin.

O produtor rural Ademar Bedin na sua produção de trigo, que conta com a tecnologia da irrigação (Rikardy Tooge;Canal Rural)
O produtor rural Ademar Bedin na sua produção de trigo, que conta com a tecnologia da irrigação (Rikardy Tooge/Canal Rural)

A realização do roteiro do Soja Brasil em Goiás tem a parceria da Federação da Agricultura e Pecuária do estado (Faeg) e da Associação de Produtores de Soja de Goiás (Aprosoja -GO). Conta também com o apoio local do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar – GO), do Sindicato Rural de Rio Verde, da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), de Martins & Sobrinhos – Concessionário John Deere , Querência Máquinas – Revenda Stara e Caixa Econômica Federal.