Veja o que pode impactar o mercado de soja na próxima semana

Guerra comercial entre Estados Unidos e China, estiagem castigando lavouras brasileiras e mais; confira a análise da Safras & Mercado

O mercado de soja permanece com as atenções voltadas à guerra comercial entre Estados Unidos e China, de olho nas vendas semanais norte-americanas. O clima para desenvolvimento da safra na América no Sul também está no radar.

O analista da Safras & Mercado Luiz Fernando Roque listou os principais fatores que merecem atenção dos produtores, podendo impactar nas cotações nos próximos dias.

  • A falta de novas notícias envolvendo as negociações entre EUA e China mantém o mercado um pouco cético, trazendo certo pessimismo. Apesar de ter havido registro de novas vendas de soja dos EUA para a China nos últimos dias, os volumes envolvidos ficaram abaixo da expectativa, o que trouxe certa decepção;
  • O mercado aguarda por vendas mais volumosas na próxima semana ou nos primeiros dias de 2019 para engatar um movimento de alta amparado em um melhor escoamento da maior produção da história dos EUA. Tal fato é fundamental para ditar o ritmo do mercado nos primeiros meses de 2019;
  • No lado da oferta, o panorama climático na América do Sul deve começar a impactar o mercado. No Brasil, após um bom desenvolvimento inicial das lavouras na maior parte do país, estados como Paraná e Mato Grosso do Sul agora enfrentam problemas importantes em algumas regiões, comprometendo parte do potencial produtivo do país. Ainda há tempo para a recuperação de algumas áreas, mas já se pode falar em perdas;
  • Atenção aos mapas climáticos para as primeiras semanas de janeiro. É importante que a umidade retorne em bons níveis para toda a faixa central do país para não haver avanço das perdas produtivas;
  • Após perder a linha de US$ 9 na posição spot janeiro de 2019, o mercado tem espaço para correções técnicas positivas. O objetivo é retomar o patamar, e depois voltar a testar linhas superiores. O lado fundamental precisa trazer amparo para tal, e os problemas da safra brasileira podem começar a pesar a partir de janeiro.

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