Veja os estragos causados pelo excesso de chuvas no Paraná

Produtores de soja da região enviaram vídeos e fotos para mostrar o tamanho dos prejuízos causados pelo excesso de água

Daniel Popov, de São Paulo
Se no começo da safra o problema dos produtores de soja do Paraná era a falta de chuvas. Agora, o clima inverteu e o excesso de precipitações já começam a fazer suas primeiras vítimas. Na região oeste do Paraná, depois de um final de semana muito chuvoso, diversos vídeos e fotos foram enviados ao Projeto Soja Brasil mostrando os estragos.

Entre os municípios afetados estão: Toledo, Missal, Medianeira, Entre Rios do Oeste, Santa Helena, Pato Bragado, Marechal Cândido Rondon e Mercedes e Quatro Pontes.

Segundo o produtor rural e representante do Sindicato Rural da região, Cévio Alberto Mengarda, é difícil mensurar o tamanho dos estragos, até porque só uma parte das propriedades ficam em áreas mais baixas e for5am afetadas.

“Ainda não conseguimos avaliar os danos completamente. Muitas estradas estão interditadas pelas águas, lama e galhos. Acredito que no mínimo tivemos perdas de uns 5%, podendo chegar a 10% com facilidade. A erosão é nosso maior problemas quando isso acontece”, diz Mengarda.

Nesta segunda, dia 30 de outubro, o produtor comentou que o sol até saiu na região e os alagamentos começaram a dissipar, mas nada está bom. “O tráfego na região está horrível ainda, tudo intransitável. Uma senhora, passou mal e teve que ser atendida por um helicóptero da defesa civil. Muitos produtores estão mandando vídeos e fotos para mostrar o tamanho do estrago”, comenta ele.

Durante uma breve ronda por suas plantações afetadas, Mengarda e seu técnico agrícola, Dirlan Ziesmann garantem que não há mais tempo para fazer o replantio da soja perdida. “Não temos mais tempo. Replantio agora, é certeza de não plantar a segunda safra. Sem contar que reinvestir, correr riscos novamente e ainda ter a certeza de segunda safra perdida, não é uma boa ideia”, afirma o produtor.

Para o técnico agrícola, até mesmo o plantio da segunda safra, nestas áreas, será mais complicada, devido ao estado do solo. “Não tem muito o que fazer. Teremos que tentar refazer as microbacias danificadas e a conservação e correção do solo antes do plantio da safrinha. Teremos que achar tempo hábil para isso”, comenta Ziesmann.

Assista abaixo os vídeos enviados:

As fotos também são da região:

Veja mais notícias sobre soja