Conheça o pesquisador que ajudou a criar, através de melhoramento genético, mais de 400 variedades de soja adaptadas ao país
São mais de 43 anos de carreira como pesquisador na área de melhoramento genético da soja, 33 só na Embrapa. Participou do lançamento de pelo menos 400 variedades da oleaginosa, sendo um dos pioneiros na adaptação de plantas de soja com alto potencial produtivo para o Cerrado brasileiro.
A história do engenheiro agrônomo e pesquisador, Leones Alves de Ameida, quase se mistura ao avanço da cultura da soja no país. Isso porque, por causa dele o país conseguiu estudar, entender e avançar na área de melhoramento genético desta importante cultura.
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Natural de Cornélio Procópio, no Paraná, passou a infância no interior de São Paulo em uma pequena cidade chamada Florínea e de lá veio o interesse pelos estudos do campo. Ainda em terras paulistas, frequentou a escola agrícola de Presidente Prudente e mais a diante em um colégio técnico em Jaboticabal. Neste último município foi que se formou em agronomia. “Em 1979 conclui o curso de mestrado na Universidade federal de Viçosa (MG) e em 1989 o doutorado na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos”, completa.
Segundo o diretor científico da empresa Tropical Melhoramento & Genética (TMG) Romeu Kihl, o trabalho de Leones está ligado ao próprio desenvolvimento da soja no Brasil. “Ele é o grande nome da pesquisa brasileira em soja, fazendo seleções específicas para algumas regiões, principalmente no sul de Maranhão e no Mato Grosso”, afirma Kihl.
“O trabalho de melhoramento genético da soja demora e é continuo”
Leones não se tornou uma referencia por acaso, já que dedicou toda sua carreira a trabalhar com melhoramento da soja, com o objetivo de desenvolver variedades que sejam produtivas, estáveis e com uma arquitetura agronômica. “No inicio dos anos de 1970, estava começando a exploração do Cerrado através da soja. As variedades que cultivávamos no Sul não se adaptavam para lá. Em pouco tempo surgiam doenças que praticamente inviabilizavam a plantação de soja”, relembra Leones. “Em pouco tempo, desenvolvemos variedades com boa produtividade, adaptação à região e resistência a pragas e doenças.”
O próprio pesquisador diz não saber exatamente quantas variedades já ajudou a criar, algo em torno de 400 ao longo de sua carreira. Tanto materiais adaptados ao clima e a uma região, quanto resistentes a doenças que causaram enormes prejuízos no passado. “Durante alguns anos tivemos uma variedade chamada EMBRAPA 48 e foi Leones que identificou que ela tinha resistência a uma doença extremamente importante chamada cancro da haste. Fez os testes e viabilizou o lançamento desta variedade, se tornando a mais plantada do Brasil na época”, conta o diretor da TMG.
Leones Alves de Ameida é um dos concorrentes ao prêmio de Personagem Soja Brasil – Safra 2016/2017. Se gostou de sua história e quer ajudá-lo a vencer, basta acessar o link abaixo e votar.
Amanhã o Projeto Soja Brasil apresentará outro candidato a personagem da safra, durante o jornal Rural Notícias, exibido a partir das 18h30, no Canal Rural.
Assista o vídeo abaixo onde o pesquisador conta sua história:
