Saiba qual é o plano do setor para impedir erros na classificação de grãos de soja

Problema que vem à tona a cada final de safra, pode ter uma solução baseada em modelo criado pelos argentinos

Manaíra Lacerda, Brasília (DF)
O problema na classificação dos grãos de soja, que revolta os produtores há anos, pode estar com os dias contatos. Isso porque, o setor produtivo da soja discute a criação de uma câmara de arbitragem para resolver estes conflitos entre os agricultores e as empresas. Setor afirma que já fez tentativas anteriores, mas que o assunto sempre acaba caindo no esquecimento.

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A câmara setorial da soja, que reúne os representantes da cadeia produtiva, discute a criação de uma câmara arbitral para tentar acordos no caso de divergências sobre os laudos apresentados, ou seja, caso uma das partes não concorde com o resultado pode acionar a câmara para fazer a arbitragem. “A contra amostra e a análise irão mostrar qual é o resultado correto. Produtores, tradings, cerealistas, todos os envolvidos na comercialização têm que aceitar esta arbitragem e citar em seus contratos que havendo uma divergência poderá ser acionada essa câmara de arbitragem”, afirma Fabrício Rosa, diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja-Brasil).

Tem produtor que perdem uma grana com isso nesta safra:
Empresas erram classificação da soja e revoltam produtores

O Brasil já tem instituições de arbitragem, mas nenhuma delas é especializada em assuntos que envolvem a produção de grãos, como o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). “Lá fazem os testes, as contra amostras, tudo. Temos a Embrapa ou o CREA, várias empresas que regulam, fiscalizam aquilo. A empresa é credenciada e teremos várias certificadoras no caso do Mato Grosso, que vão ser esse comitê arbitral, que é privado”, explica o presidente da Câmara Setorial da Soja, Glauber Silveira.

Segundo Fabrício Rosa, no passado, já tentaram criar a câmara, mas com o passar do tempo e entrada de novas safras, o tema caiu no esquecimento. “Este é um modelo argentino, instalado pela Bolsa de grão de Rosário. E dá certo”, conta o diretor executivo da Aprosoja. “Basta a coisa melhorar um pouco e todos esquecem, ai quando volta o problemas todos reclamam.”

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