Mesmo com queda na Bolsa, valores sobem no Brasil e produtores quase dobram volume de vendas em uma semana
A comercialização antecipada da safra 2018/2019 de soja do Brasil está a todo o vapor e já atinge a marca de 15,1%, conforme relatório divulgado pela consultoria Safras & Mercado, com dados recolhidos até 6 de julho. O ritmo de vendas está mais elevado que a média histórica e que o ano anterior. A razão é justamente os bons preços pagos pela oleaginosa no mercado interno.
Na safra passada, no mesmo período, a negociação envolvia 5,1% e na média histórica o normal é 11%. O detalhe é que, neste ano, em menos de 1 mês o volume vendido quase dobrou.
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Safra antiga
A comercialização da safra 2017/2018 de soja do Brasil envolve 77,5% da produção projetada de 119 milhões de toneladas. Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 67,3% e a média para o período é de 76%.
Preço no mercado interno
Este forte ritmo de comercialização acompanha justamente a manutenção dos preços em alta no mercado interno. Os preços da soja no Brasil subiram nas principais praças de comercialização nesta semana, na contramão
da tendência internacional. A valorização do dólar e a alta dos prêmios de exportação asseguraram a firmeza.
No porto de Paranaguá, a cotação passou de R$ 86,00 para R$ 88,50, a saca de 60 quilos. Em Rondonópolis (MT), o preço avançou de R$ 69,00 para R$ 74,00. No Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a cotação subiu de R$ 72,50 para R$
75,00. Em Rio Verde (GO), o preço passou de R$ 69,0010 para R$ 74,50.
Essas elevações aconteceram mesmo com as oito quedas seguidas da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Os contratos com vencimento em novembro recuaram 2,75% no período. O mercado testou os menores níveis dos últimos 10 anos, em meio a um cenário fundamental negativo.
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